Ao cursar técnico em meio ambiente tivemos uma aula sobre
a transgenia presente nos alimentos. A quantidade de agrotóxicos e
fertilizantes que ingerimos, segundo a comparação entre os dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa) e da consultoria Céleres, já
representam 54,8% de toda a área cultivada no Brasil. Os cultivos geneticamente
modificados ocupam mais da metade da área plantada no país. De acordo com a
consultoria Céleres, a área plantada com transgênicos atinge 37,1 milhões de
hectares, um aumento de 14% à safra anterior.
Surge então a ideia de combater esse problema através do
plantio de alimentos 100% (cem por cento) orgânicos. O projeto pretende
iniciar-se como uma ONG (Organização Não Governamental) virtual, que recebe
doações dos moradores, empresas, prefeitura, entre outros, onde as mesmas serão
feitas a partir de encontros marcados via online. Essa doação se dá por meio de
restos de resíduos orgânicos (cascas de frutas, de ovos, restos de hortaliças,
legumes), para que possamos produzir o adubo orgânico, que será subsídio para
uma horta orgânica do projeto.
O objetivo da horta é revitalizar terrenos abandonados da
cidade de Bauru, que apresenta cerca de 80 mil terrenos em estado de abandono,
segundo pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Planejamento, em 2011.
Algumas destas áreas são de proprietários particulares, outras pertencem à prefeitura, mas todos têm em
comum o risco que oferecem à população: além de atrair insetos, o lixo
acumulado se torna criadouro do mosquito palha, transmissor da leishmaniose e
do Aedes aegypti, transmissor da dengue. É focando nisso que a REDE
ECONSCIENTE tenta abranger todos os moradores da cidade, sem distinção de
classe social.
Por ser virtual, a empresa não necessita de um espaço
físico para atuar como ONG, salvo um ambiente para que se possa produzir o
adubo orgânico e cultivar as hortaliças, para isso, parcerias já estão sendo
pensadas. Contatamo-nos com o CEASA (onde segue uma carta de apoio) para que
pudesse, futuramente, ceder-nos um espaço. Também conseguimos o apoio da SEMA
(Secretaria do Meio Ambiente).
Vale lembrar que nosso projeto tem como meta atingir o
status de OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), que
seria uma qualificação para pessoas jurídicas de direito privado sem fins
lucrativos, onde nosso foco será trazer uma educação ambiental para a população
em geral, melhorando também à saúde da mesma a partir das hortaliças orgânicas.